Como a nutrição pode ajudar no hipotireoidismo?

A Tireóide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço. Apesar do seu pequeno tamanho, ela é muito importante para o equilíbrio do nosso metabolismo (gasto energético) e para o funcionamento de todas as células do corpo.

 

Esta glândula tem como função principal produzir dois hormônios: a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) e os secreta na corrente sanguínea. Entre as suas funções específicas, estes dois hormônios são fundamentais no metabolismo da água, proteínas, carboidratos, lipídios e minerais e ainda exercem seus efeitos em praticamente todos os sistemas e órgãos do corpo.

 

Quando a concentração dos hormônios tiroidianos (T3 e T4) é reduzida no sangue, o organismo funciona de forma mais lenta. Esta condição é caracterizada como Hipotiroidismo. Como os hormônios da tireóide afetam praticamente todas as células do corpo, a redução da sua fabricação pode provocar diversos sintomas, como:

 

·         Cansaço e Sonolência;·         Cabelos ásperos e com queda;·         Depressão;·         Unhas quebradiças;

·         Constipação Intestinal;

·         Perda de Apetite;

·         Aumento de Peso;

·         Anemia;·         Edema (inchaço);·         Colesterol Elevado;·         Pressão Baixa;

·         Menstruação Irregular;

·         Pele ressecada e amarelada;

·         Lentidão mental ou Perda de Memória;

 

A frequência desta disfunção da tireóide é maior em mulheres (acima dos 40 anos ou 6 meses após o parto) e em homens acima dos 65 anos.  Também é comumente encontrada em pessoas com histórico na família, diabetes tipo 1, lúpus e artrite reumatoide, pessoas com depressão ou doença do pânico, doenças intestinais e em indivíduos que apresentem deficiências ou excessos de determinados nutrientes alimentares.

 

Além dos medicamentos, a alimentação pode contribuir muito para controlar ou até mesmo prejudicar a disfunção tiroidiana. Para isso é necessário seguir uma alimentação equilibrada e orientada por um nutricionista, devendo tomar cuidado com alimentos calóricos e gordurosos, além de dar uma atenção especial a alguns nutrientes que devem ser evitados ou consumidos com moderação. São eles:

 

  • CLORO: O Cloro compete com o iodo e acabamos consumindo excessos de cloro e falta de iodo, prejudicando o bom funcionamento da glândula. Evite água clorada – água da torneira (até mesmo para o cozimento dos alimentos)

 

  • SOJA: Um estudo feito com animais no Japão demonstrou que 30g de grãos de soja cozidos promoveram alterações prejudiciais no funcionamento da tireóide e na absorção de minerais como zinco, cálcio e magnésio. Os efeitos em humanos ainda estão sendo pesquisados, mas já se sabe que o consumo excessivo de soja e seus derivados devem ser vistos com atenção e orientados pelo nutricionista.

 

  • AÇÚCAR E ALIMENTOS REFINADOS: Estes alimentos aumentam muito a concentração de insulina no sangue que tem alta relação com a disfunção da tireóide. Por tanto, evite alimentos refinados como pães, arroz, farinhas brancas (preferindo sempre os integrais) e açúcares e doces em geral.

 

  • VERDURAS CRUCÍFERAS: Existe uma substância presente em algumas verduras cruas e frutas que podem interferir negativamente suprimindo ainda mais o funcionamento da glândula. Prefira consumir o repolho, brócolis, couve de bruxelas, couve-flor, espinafre, couve, nabo, pêra e pêssego com moderação ou de preferência cozidos.

 

Tão importante quanto controlar o consumo destes alimentos é incluir os nutrientes que podem melhorar o bom funcionamento da tireóide. Segue abaixo os principais alimentos que não podem faltar no prato destas pessoas:

 

  • ALIMENTOS RICOS EM TIROSINA: Este aminoácido junto ao iodo, ajuda a formar a tiroxina (T4). Encontrado nas carnes, peixes, peito de peru, banana e iogurtes.

 

  • IODO: O iodo é um nutriente responsável por produzir os hormônios da tireóide. Este mineral é encontrado no sal iodado, peixes e mariscos de água salgada.

 

  • SELÊNIO: Este mineral ajuda a regularizar a tiroxina, pois promove a conversão do T4 em T3. Pode ser encontrado no frango, carne, atum, alho e cebola, mas principalmente na castanha de caju (2 unidades já são o suficiente);

 

  • VITAMINAS DO COMPLEXO B: Ajudam o iodo na produção hormonal. Podem ser encontrados em uma variedade enorme de alimentos, tais como frango, carnes, feijão e outros grãos, cereais integrais, peixes, laticínios e verduras verde-escuras.

 

  • FIBRAS ALIMENTARES: Elas inibem o aumento brusco de açúcar no sangue, evitando a ativação da insulina. Além disto, favorecem o funcionamento intestinal que garante maior absorção de nutrientes específicos. Encontradas nos cereais integrais, casca de frutas, verduras e legumes e nos feijões e outros grãos.

 

Consulte sempre um nutricionista para melhor orienta-lo e sanar suas dúvidas!!

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