A Saúde do Intestino. E o seu, como está?

Businessman holding his stomach in pain or indigestion

A constipação intestinal, também conhecida como prisão de ventre, é um problema que atinge uma parcela considerável da população moderna apresentando como consequência o inchaço e dores abdominais em um primeiro momento, podendo evoluir para mau humor, irritabilidade, cansaço, pele oleosa, além de obesidade e até câncer de intestino. Neste mês iremos tratar deste assunto de uma maneira simples e prática dando algumas sugestões para evitar e corrigir este problema tão comum.

 

Para entender melhor o assunto, vamos entender como funciona o nosso intestino. O Intestino é dividido em duas partes: o Delgado e o Grosso. O Delgado é a primeira parte do intestino, começando logo após o estomago podendo apresentar tamanho aproximado de 6 metros, e é o responsável pela maior parte da absorção dos nutrientes que consumimos através da alimentação. Já o Grosso caracteriza-se pela absorção principal de água.

 

A constipação intestinal se caracteriza pelo número de evacuações inferior a três vezes em uma semana; pela diminuição do numero de evacuações considerada usual nos últimos meses, ou, dificuldades para evacuar normalmente. Ou seja, se este evento estiver acontecendo no intestino, significa que a absorção de nutrientes e água também estará comprometida, já que o intestino não consegue exercer sua função corretamente.

 

As carências nutricionais provocadas pela má nutrição podem trazer consequências graves ao organismo, um exemplo disso é o cálcio, o fósforo e a vitamina D que participam juntos na formação dos ossos. Se um deles tem a absorção comprometida, sua função também estará.

 

Ainda no intestino, encontramos uma grande quantidade de bactérias benéficas que formam a flora intestinal. Essas bactérias são muito importantes, pois executam algumas funções como ação antibacteriana protegendo o organismo de agentes patogênicos, estimulação o sistema imunológico, participação na formação de vitamina K (Responsável pela coagulação do sangue e cicatrização de feridas), redução de moléculas de colesterol. Qualquer alteração nesta microbiota pode comprometer não somente o funcionamento intestinal, mas também o estado de saúde e para que ela cumpra com o seu propósito e necessário que elas se mantenham em equilíbrio e a alimentação torna-se fundamental neste processo.

 

A alimentação rica em alimentos processados em relação aos alimentos crus como verduras e frutas, aliada a maus hábitos de vida (tabagismo, excesso de álcool, sedentarismo) e uso de anti-inflamatórios, bem como o uso de drogas ou ervas laxativas que são comumente usados nos episódios de mau funcionamento do intestino, danificam e muito não só a parede intestinal, como também a flora microbiana.

 

Sendo assim, a alternativa é optar por uma alimentação que favoreça o crescimento da flora intestinal com o consumo de substâncias prebióticas, presentes nos alimentos ricos em fibras. As Fibras são carboidratos que não podem ser digeridos pelo organismo chegando intactas ao intestino colaborando no processo de nutrição das células intestinais e reparando a parede do intestino, além de promover aumento do bolo fecal (prevenindo a constipação) e diminuição da absorção de açúcares, gorduras e colesterol.

 

As fibras podem ser encontradas em: aveia, cevada, farelo de trigo, produtos integrais, feijão, soja, lentilha, ervilha, milho verde, abobora, beterraba, vegetais folhosos, cenoura, maçã e frutas cítricas e nas cascas ou bagaço de frutas.

 

Há também outra classe de substâncias chamadas probióticos. Estes são alimentos que contém bactérias vivas que promovem efeitos benéficos favorecendo o crescimento da flora intestinal. Em sua maioria estão presentes em alguns iogurtes e leites fermentados como os lactobacilos e bifidobactérias.

 

Além da alimentação, um outro fator fundamental para a prevenção da constipação intestinal é a hidratação. O consumo de no mínimo 2 litros de água por dia é imprescindível para manter o bom funcionamento intestinal, manter a parede do intestino saudável e eliminar as toxinas formadas pelo organismo.

 

Mas lembre-se, é sempre importante ressaltar que cada indivíduo possui suas individualidades, portanto para uma melhor eficácia no tratamento o ideal é que se procure um nutricionista, para que este faça uma avaliação específica e elabore um plano com as melhores medidas para você.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

18 − 1 =